Sarau de poesias dos 5os anos

Canção de domingo

Que dança que não se dança?
Que trança não se destrança?
O grito que voou mais alto
Foi um grito de criança.
[...]

Mário Quintana

Como produto final de uma sequência didática sobre poesia, as crianças do 5o ano D, da professora Juliana e do 5o ano B, da professora Ana Flávia, se deliciaram declamando poemas para a turma. Se deliciem com um pouquinho de poesia:


Há um mundo entre minha a vontade e seu desejo
Um mundo feito de medo e receio
Um mundo tipo pastel
Sem recheio



 Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

A avó
vive só.
Na casa da avó
o galo liró
faz “cocorocó!”
A avó bate pão-de-ló
E anda um vento-t-o-tó
Na cortina de filó.
A avó
vive só.
Mas se o neto meninó
Mas se o neto Ricardó
Mas se o neto travessó
Vai à casa da avó,
Os dois jogam dominó.



[...]
É viajar dia e noite
No barco da Liberdade,
Num rio feito de versos
Pela criatividade,
Olhando pela janela
Dos olhos da humanidade.
[...]



Em cada estante um livro
Em cada livro um porquê
Em cada por quê uma resposta
Em cada resposta VOCÊ

Em cada noite um sonho
Em cada sonho um desejo
Em cada desejo uma saudade
Em cada saudade VOCÊ

Autor desconhecido



Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas.

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então...
Oh, que escuridão!

Eu sou pequeno, me dizem,
e eu fico muito zangado.
Tenho de olhar todo mundo
com o queixo levantado.
Mas, se formiga falasse
e me visse lá do chão,
ia dizer, com certeza:
– Minha nossa, que grandão!


Minha vida é como um livro, 
cada dia uma página, 
a cada hora um novo texto, 
a cada minuto uma palavra, 
e neste segundo um sim ou não 
que pode mudar minha história. 


Da semente nasce o broto,
 do broto nasce a flor, 
de uma grande amizade, 
pode nascer o amor.

Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel.


As BRUXAS de bruxelas
batem panelas
pra espantar as baratas tontas
que vivem nas pontas
dos sapatos delas

Quando eu vou para a minha escola
tenho muito o que fazer
pulo, brinco, faço arte
mas também quero aprender
meus amigos lá da sala são pequenos como eu
dão risadas, são alegres
são bacanas... e os seus?


Em cada nuvem pus um coreto de música
mandei soltar confete pelo céu azul
e deitado no meio da praça deserta
cobri meu rosto com teu lenço de seda azul

Somos feitos de afeto
comunicamos através da vida
da poesia
ou do amor.

Existem pessoas tóxicas
mas existem também pessoas medicinais
são aquelas que chegam
e ajudam a curar nossas vidas

A amizade consegue ser tão complexa...
Deixa uns desanimados, outros bem felizes...
É a alimentação dos fracos
É o reino dos fortes

Faz-nos cometer erros
Os fracos deixam se ir abaixo
Os fortes erguem sempre a cabeça
os assim assim assumem-os

Sem pensar conquistamos
O mundo geral
e construímos o nosso pequeno lugar
deixando brilhar cada estrelinha

Estrelinhas...
Doces, sensíveis, frias, ternurentas...
Mas sempre presentes em qualquer parte
Os donos da amizade...

Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
Quem gosta de mim é ela
Quem gosta dela sou eu

Pirulito que bate bate
Pirulito que já bateu
A menina que eu gostava
Não gostava como eu

Mariazinha é menina que gosta de brincar
ela vai à escola e também gosta de estudar
Mariazinha pula, Mariazinha rola
fica toda sujinha, quando brinca de bola
Mariazinha tem um cãozinho
ele se chama leão
esse cachorro é seu amigo
amigo do coração

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral

nas colunas da colina.

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